Publicado em 29/06/2021
A memória é o que mantém viva a cultura de um povo. Na madrugada da última quinta-feira, 24 de junho, parte da memória da população indígena Xakriabá, situada no Norte de Minas, se perdeu após um incêndio criminoso. O fogo destruiu a secretaria da escola e a casa de medicina da aldeia, onde se encontravam arquivos, computadores e parte da história dessas pessoas.
O ataque é simbólico, uma vez que destruiu justamente espaços relacionados às trocas de saberes e ao conhecimento secular adquirido por esse povo, além, é, claro de comprometer o registro do histórico escolar de quem está passando ou já passou pela escola, como é o caso da educadora e reconhecida ativista indígena, Célia Xakriabá:
“Este é o lugar onde construí minha trajetória escolar, onde vi lideranças, professoras e professores se reunirem para avançar na luta pela educação, pelos nossos direitos. Será difícil caminhar sem a vida documental de cada pessoa que precisar, de um jovem que quiser sair pra estudar (…)”, denunciou em suas redes sociais.
O crime aconteceu um dia depois da aprovação, na Câmara dos Deputados, do texto-base do Projeto de Lei 490 que altera as regras para a demarcação das terras indígenas. A medida, ainda em tramitação, dificulta que estes povos comprovem o direito aos seus territórios e facilita a exploração em terras indígenas que não tenham sido demarcadas.
Luta indígena e Serviço Social
Em 2021, o Conjunto CFESS-CRESS decidiu dar visibilidade, no Dia da e do Assistente Social, comemorado em 15 de maio, à luta dos povos originários e das comunidades tradicionais, por entender que esta é uma pauta que urge ser abordada pela categoria profissional e por toda a sociedade.
A luta indígena faz parte, há décadas, das bandeiras de luta do Serviço Social brasileiro. Portanto, alinhado a esta defesa histórica das entidades que representam a profissão, o CRESS-MG se solidariza com o povo Xakriabá e se soma na reivindicação pela devida apuração dos responsáveis pelo incêndio da última semana.
Assistentes sociais pelo fim da criminalização e pelo reconhecimento dos direitos dos povos originários!
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