A Seccional Juiz de Fora realizou, no dia 13 de julho, o Seminário Conselhos de Direitos e a Intervenção do/a Assistente Social. O evento reuniu assistentes sociais com o intuito de refletir e debater acerca da intervenção profissional nos espaços de controle social, além de cumprir com uma das deliberações da agenda política do Conjunto CFESS/CRESS. 

Atividades

A mesa de abertura foi composta por Beatriz Touma, diretora da Seccional de Juiz de Fora, e Alessandra Ribeiro, representante de Minas Gerais no CFESS, que falou sobre as bandeiras de lutas do Conjunto CFESS/CRESS e trouxe dados importantes sobre a participação de seus representantes nos espaços de participação e de controle social. Já Beatriz, lembrou que apesar de os conselhos trazerem em seu bojo a abertura para a participação da sociedade civil, é visível a existência de fortes estratégias dos setores neoliberais para despolitizar estes espaços.

No período da manhã, Rodrigo Filho, professor e diretor da Faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (FSS/UFJF), e Maria Lúcia Duriguetto, também professora da FSS/UFJF e base da Comissão de Políticas Públicas da Seccional Juiz de Fora, trouxeram elementos importantes para o debate sobre a intervenção dos/as assistentes sociais nos Conselhos de Políticas e de Direitos.

 

À tarde, os participantes se dividiram em grupos de trabalho para debater os desafios enfrentados pelos profissionais que atuam nos conselhos e propor possíveis estratégias para superação de tais desafios. Após a socialização das discussões de cada grupo, foi produzido um documento final que tem como objetivo subsidiar o CRESS-MG em futuras capacitações. 
 

Para Beatriz, o evento atingiu os objetivos propostos. “O debate ofereceu elementos para os profissionais refletirem no cotidiano de sua intervenção nos conselhos e nos diferentes âmbitos profissionais.” 

Serviço Social neste debate

Para a diretora da Seccional, é preciso considerar que, no intuito de efetivar um controle social “democrático”, os Conselhos de Direitos estão subordinados ao controle social do capital, que usa de todos os artifícios, por meio do Estado, para emperrar os processos decisórios em que as classes subalternas têm voz e voto. “Por isso torna-se imprescindível que os/as assistentes sociais conselheiros se articulem com suas bases, entidades e movimentos sociais, para ganharem força e tencionarem o debate, objetivando, assim, favorecer cada vez mais a participação da população usuária”, afirma Beatriz.

Os debates do seminário reforçaram a ideia de que os espaços de controle social, entre eles, os conselhos, são significativos campos de intervenção dos/as assistentes sociais, seja na ampliação dos direitos, na contribuição para a socialização da política, na disputa pela redistribuição dos recursos e do fundo público ou na perspectiva de construir mediações na luta pela universalização das políticas sociais. "Por isso, é tão importante que a categoria se insira nestes espaços na perspectiva de buscar influenciar, dentro dos limites do capital, a correlação de forças existentes", enfatiza Beatriz.