Publicado em 26/11/2019
Estudantes do 6º período do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg/Cláudio) realizaram uma exposição sensorial denominada "Estação da Loucura", no dia 7 de novembro, durante o 2º Seminário de Pesquisa e Extensão, e sob a orientação da professora da disciplina Saúde Mental e Serviço Social, Lidiani Vanessa.
A atividade teve o objetivo de sensibilizar as e os participantes sobre a importância de se defender a Reforma Psiquiátrica, movimento iniciado nos anos 1980, no Brasil, e que se tornou lei, em 2001, dando um olhar mais humanizado ao tratamento das e dos pacientes da saúde mental. Mesmo com avanços, o atual sistema de saúde ainda preserva resquícios daquele período sombrio.
Durante o evento, foi exibido o documentário “Em nome da razão”, de Helvécio Ratton (1979), cujas imagens tristes e chocantes foram gravadas dentro do Hospital Colônia de Barbacena. Enquanto assistiam as cenas, o público era surpreendido com gritos, gemidos, risos, choro e surtos interpretados pelas alunas e alunos que estavam caracterizados de “loucos”.
Ao fim da visita, as pessoas presentes acompanharam uma simulação do que seria uma sessão de eletroconvulsoterapia, à qual inúmeras e inúmeros pacientes do antigo manicômio, consideradas agressivas, eram submetidas para controle de comportamento, situação que ocorreu por décadas naquela instituição.
As futuras e futuros profissionais mostraram que estão em sintonia com o projeto ético e político do Serviço Social e lembraram, ainda, alguns dos onze princípios do Código de Ética da e do Assistente Social e que se relacionam com a defesa do que é proposto pela Reforma Psiquiátrica, tais como:
Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes – autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;
Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;
Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;
Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;
Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física.
Subsidiando o debate
A luta antimanicomial, lembrada no dia 18 de maio, foi mote de um dos Boletins Conexão Geraes do último ano. Embora a Lei da Reforma Psiquiátrica, de 2001, tenha trazido avanços para o tratamento de pessoas com transtorno mental, decorrentes ou não do uso abusivo de álcool e outras drogas, a lógica manicomial ainda está presente nas políticas de Saúde Mental. As práticas e dispositivos que seguem esse modelo retrógrado, se dão em função de interesses ocultos, sustentados pela ideia do lucro.
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Texto elaborado pela aluna Geliany Menezes e editado pela Ascom do CRESS-MG.
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