CRESS-MG se solidariza com vítimas do crime ambiental e contra a vida humana em Brumadinho

Publicado em 26/01/2019

No início desta sexta-feira, 25 de janeiro de 2019, uma barragem se rompeu no município de Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Até a manhã de sábado, informações oficiais apontam que já são nove pessoas mortas e cerca de 400 ainda estão desaparecidas.

O crime ambiental se deu pouco mais de três anos após tragédia semelhante em Mariana. De acordo com o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), desde 2015, inúmeras denúncias vêm sendo feitas pelo risco de rompimento de barragens na região e, ainda assim, a Mina Córrego do Feijão, onde ocorreu o desastre desta sexta-feira, teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro passado.

Mais uma vez, a sociedade capitalista põe o lucro acima da vida e do meio ambiente. Estes ocorridos não foram acidentes ou fatalidades, mas, sim, tragédias anunciadas. Um modelo de mineração que desconsidera o meio ambiente, a segurança de suas trabalhadoras e trabalhadores e os direitos sociais e humanos da população é, portanto, um atestado de morte que recai sempre sobre o lado mais fraco desta lógica gananciosa, inconsequente e desumana.

De acordo com o Código de Ética Profissional da e do Assistente Social, esta é uma categoria que opta por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária que caminha lado a lado às lutas empunhadas pelos diversos movimentos sociais. Assim, o CRESS-MG se solidariza com as vítimas e familiares deste explícito crime contra o meio ambiente e a vida humana, exigindo a apuração dos fatos, a responsabilização dos agentes causadores dos danos e, ainda, que se tomem as devidas providências a fim de se evitar novos crimes desta natureza.

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