Resistência e Organização no Dia internacional do Trabalhador e da Trabalhadora

Publicado em 04/05/2015

O Brasil vive um momento em que professores e professoras reivindicando melhores condições de trabalho são brutalmente agredidos pelo aparato militar do Estado, como ocorreu nesta semana no Paraná; um momento em que terceirizar atividades de uma empresa e cortar direitos e remuneração são ações defendidas por parlamentares eleitos pelo povo; um momento em que reduzir direitos sociais conquistados a duras penas pela sociedade brasileira se torna realidade em um piscar de olhos.

Este 1º de maio de 2015, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, ficará marcado na vida de profissionais de diversas áreas por muitos anos. Será lembrado como o 1º de maio em que o Congresso Nacional apresentou talvez a composição mais conservadora e atrasada da história e que, por sua vez, põe em curso, dia após dia, uma conjuntura de profundos retrocessos nos direitos sociais da classe trabalhadora brasileira. É nesse contexto que o CFESS Manifesta mais uma vez que a luta em defesa dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras é também do Serviço Social.

Clique aqui e leia o CFESS Manifesta do Dia 1º de maio

“Isso, porque o desmonte dos direitos sociais afeta duplamente a categoria de assistentes sociais: por um lado somos, em grande parte, trabalhadoras e trabalhadores assalariados, sofrendo injunções dos contratos temporários e dos baixos salários que vigoram no nosso mercado de trabalho. Por outro lado, a precariedade dos direitos a operar, como parte das nossas atribuições, é uma das razões que incide negativamente na qualidade dos serviços prestados a esta parcela da população que, nos últimos anos, tem seus direitos crescentemente usurpados”, diz trecho do documento, elaborado especialmente para este dia 1º de maio.

Assistentes sociais estão na luta

A categoria profissional não foge à luta. Diversos grupos de assistentes sociais estão mobilizados pelo Brasil, com diferentes pautas, em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Um destes é composto por assistentes sociais da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos do Amazonas (SEMASDH). “Diante do descumprimento, por parte da Prefeitura de Manaus, das negociações realizadas em maio de 2014 com o Sindicato de Assistentes Sociais do Estado do Amazonas, estamos em greve há quase um mês, em defesa da valorização profissional e da melhoria das condições de trabalho”, explica o grupo de assistentes sociais, em mensagem enviada por e-mail ao CFESS, destacando que só voltarão ao trabalho quando as reivindicações acordadas anteriormente forem atendidas.


Grupo está em greve por melhores condições de trabalho e cumprimento de acordo no Amazonas (foto: enviada por assistentes sociais da mobilização)

Piso salarial para a categoria

Já um grupo de assistentes sociais do Ceará deu início à Mobilização Nacional pela Aprovação do Piso Salarial do Assistente Social. Para tanto, criaram um perfil no Facebook, para dar visibilidade à estratégia articulada pelo movimento, de pressionar parlamentares da Câmara dos Deputados, onde se encontra o Projeto de Lei (PL) 5278/2009, que trata do piso salarial de assistentes sociais. A ideia é estimular a categoria a ligar para o Disque-Câmara – 0800619619 – e se manifestar favoravelmente sobre o PL, dirigindo o posicionamento para o atual deputado relator, deputado Aluísio Mendes (PSDC/MA).

Clique aqui e assine também o abaixo-assinado em defesa do piso salarial para assistentes sociais

Fonte: CFESS

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