Domingo tem eleição. E aí, assistente social, já sabe como votar? Não se esqueça de levar a consciência crítica

Publicado em 04/10/2024

As eleições municipais acontecem neste domingo, 6/10, em todo o país, e nesta reta final para definir quem serão nossas próximas representações, vale resgatar os princípios do Código de Ética Profissional (CEP) da e do Assistente Social, tanto para ajudar a decidir em quem votar, quanto para debater com a população usuária a importância de defender a democracia, como aponta o assistente social e professor da Ufop, Leonardo Nogueira. 

“Defender o aprofundamento da democracia está relacionado com um conjunto de outros princípios presentes no Código de Ética, tais como a defesa da cidadania, a consolidação dos direitos sociais, civis e políticos e ainda, o reconhecimento da liberdade, o posicionamento em defesa da justiça social, o esforço de eliminar todas as formas de preconceito e a recusa a todas as formas de arbítrio e de autoritarismo”, destaca.

E nesse cenário polarizado, em que a extrema direita vem ganhando cada vez mais força na disputa eleitoral, Leonardo reforça que as e os assistentes sociais têm um compromisso com o voto, nessas eleições, apoiando e considerando os programas políticos relacionados com os princípios defendidos pelo Serviço Social, como candidaturas comprometidas com a defesa do caráter público das políticas sociais, a ampliação de direitos da classe trabalhadora e preocupadas com a crise socioambiental.

“Todas essas bandeiras de luta têm tudo a ver com a atuação profissional da e do assistente social e com o projeto profissional que a gente constrói há décadas. Então, é muito importante enfatizar o compromisso de nós, assistentes sociais, com esse cenário da disputa eleitoral, ou seja, um compromisso com candidaturas que representem um projeto político compatível com o nosso projeto profissional”, avalia o professor.

Estimulando a participação política

Ao longo do Século 20, a  sociedade brasileira passou por períodos ditatoriais e, atualmente, vivencia a ascensão de uma extrema-direita de caráter neofascista, identificada com o golpismo e o confronto com valores democráticos. Além do conservadorismo religioso, a desinformação tem sido uma aliada desses movimentos que vão na contramão de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

Neste contexto, o professor acredita que assistentes sociais podem e devem estimular a participação consciente e cidadã das usuárias e usuários de políticas públicas e sociais, seja através do controle social ou da atuação em movimentos sociais e organizações políticas e sociais ligadas à defesa dos direitos da população. Para isso, antes é preciso conhecer as possibilidades de cada território.

“É fundamental que nós, assistentes sociais, conheçamos as formas de resistência da classe trabalhadora, os movimentos sociais e políticos que estão presentes nos territórios em que atuamos e, ainda, as formas de controle democrático das políticas sociais. Esta é condição fundamental para, então, estimular as pessoas que atendemos a se engajarem nesses processos democráticos e cidadãos”, afirma.

O trabalho profissional durante a campanha eleitoral

Em um estado em que o coronelismo ainda é latente em muitos municípios, durante as campanhas eleitorais para eleger representantes da prefeitura e da câmara de vereadores, é comum que assistentes sociais sofram assédio e constrangimento por parte das gestões. Nestes momentos, é necessário, segundo Leonardo, cultivar o compromisso com o Serviço Social e resguardar a autonomia profissional.

“Podemos e devemos defender um exercício profissional sem interferência de terceiros e das práticas clientelistas que muitas vezes disputam a nossa atuação. Devemos, também, fortalecer as entidades profissionais, como o Conjunto CFESS-CRESS, inclusive para dar visibilidade a situações de violação da ética profissional, a fim de assegurar condições éticas e técnicas para a nossa atuação.”

Conforme o professor reforça, nenhuma e nenhum assistente social deve ser constrangido no ambiente de trabalho por estimular a participação política e social das cidadãs e cidadãos usuários das políticas públicas ou por dialogar e aproximar dessas políticas, movimentos e organizações sociais a fim de construir estratégias coletivas para enfrentar as violações a direitos sociais, civis e políticos identificados.

“Nestes casos, é importante que essas e esses profissionais procurem o CRESS para dialogar e construir saídas. Por ser uma entidade fundada na defesa da honra profissional, é uma entidade fundamental na defesa do exercício profissional crítico, comprometido com os valores do nosso Código de Ética e a categoria tem todo o direito de exercer a sua profissão livremente”, finaliza.

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