Feminismo e antirracismo na atuação profissional são pautados em reunião de assistentes sociais de Juiz de Fora

Publicado em 22/03/2024

Pensando em trazer reflexões sobre o assuntos latentes na sociedade, o Núcleo de Assistentes Sociais (NAS) de Juiz de Fora promoveu, no mês das mulheres, o debate sobre a “Lutas feminista e antirracista: uma análise da efetividade da garantia dos direitos das mulheres, desafios e caminhos a serem percorridos nos espaços sócio ocupacionais”.

A atividade se deu no dia 12 de março, na modalidade on-line, e marcou o início da nova comissão gestora, composta por Andreia Machado, Mary Hellen e Talita Pinheiro. O evento teve a presença da diretora jurídica do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora, Fernanda Carvalho, e da assistente social do Sistema Prisional de Minas Gerais, Patrícia Jobim.

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, Artigo 5 da Constituição Federal de 1988. Com este controverso trecho da Carta Magna, deu-se início o evento, trazendo as formas como a desigualdade de gênero se expressa e rememorando marcos da luta feminista no Brasil, como a garantia do voto feminino, em 1932.

“Todas e todos são iguais perante a lei? Acho que não. A começar pelas jornadas extensas de trabalho, com desigualdade salarial”, aponta Fernanda que abordou como isso é ainda mais intenso quando se tratam de mulheres negras. Destacou, também, que a violência machista perpassa por inúmeras questões e que para ser combatida, é preciso políticas públicas eficientes.

Uma luta histórica e que deve ser assumida não apenas “por elas”, mas por quem quer que defenda os direitos humanos e entenda a importância em se ter acesso às políticas sociais, como comentou Patrícia. Em sua fala, tratou das lutas anticapacitista e das mães atípicas, vítimas de muito preconceito.

O NAS Juiz de Fora, idealizador desta ação, reforça o convite para que profissionais da região possam participar deste coletivo que, assim como os mais de 20 outros Núcleos espalhados por Minas, busca fomentar debates críticos e outras estratégias para fortalecer o Serviço Social em sua região.

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