Assistentes sociais que se organizam por toda Minas Gerais para defender a profissão, se reúnem em Encontro Estadual dos NAS

Publicado em 20/12/2023

Uma das formas de organização de luta da categoria se dá por meio dos Núcleos de Assistentes Sociais, os NAS, que são grupos formados por profissionais dispostas e dispostos a trocar experiências e debater ações para fortalecer o Serviço Social nas mais diversas regiões de Minas Gerais. Hoje, há 24 Núcleos no estado.

Com a proposta de articular e construir estratégias para impulsionar os debates realizados pelos Núcleos, aconteceu, no dia 1º de dezembro, na PUC Minas, em Belo Horizonte, o Encontro Estadual Anual dos NAS. O evento, que foi pela manhã, se deu no mesmo local e data do Seminário Estadual pelos 60 anos do CRESS-MG.

A atividade, que teve a presença de 50 participantes, representando 17 NAS e com integrantes Sede e Seccionais presença, começou com a palestra “Serviço Social, Projeto Profissional e o papel dos NAS no âmbito do Conjunto CFESS-CRESS”, proferido pelo presidente da entidade, o assistente social e professor Claudio Horst.

Em seguida, a sala foi dividida em grupos para dar início à oficina “A vivência de compor um NAS: desafios e estratégias de fortalecimento”. Foi neste momento, segundo Talita Freire, assessora técnico-administrativa e que acompanha a Comissão de Apoio a Grupos Organizados (Comago), que a gestão pôde compreender as principais demandas dos NAS.

“As e os participantes dos NAS compartilharam muitas angústias em relação à baixa ou mesmo ausência de participação de grande parte da categoria nesse espaço de organização tão importante e potente de assistentes sociais, que tem caráter político, pedagógico e formativo”, pontua Talita.

Já Fabiana Nascimento, conselheira e coordenadora da Comago, comentou sobre outro anseio das e dos assistentes sociais integrantes desses grupos. “Foi importante ouvir os relatos para melhorar o apoio nas ações, como por exemplo, participando mais com representantes da diretoria em eventos feitos pelos NAS.”

E o que a categoria tem a dizer?

Assistente social do NAS Jequitiético, que abrange mais de 50 municípios do Vale do Jequitinhonha, Viviane Ribeiro explica que, embora seu grupo seja engajado, vários pontos levam à baixa mobilização da categoria. “Fatores externos podem desmobilizar a participação, como os contratos precários de trabalho, a defasagem salarial, a falta de apoio da gestão ou a ocupação de cargos de confiança nas gestões por quem não compreende a importância desse espaço.”

A profissional reconhece que é nesses espaços que assistentes sociais podem refletir e reavaliar possíveis práticas preconceituosas e rasas no cotidiano do trabalho. “Estar em contato com as informações sobre o fazer profissional é fundamental para oxigenar nossas reflexões. Agir profissionalmente, sem perder o norte do nosso projeto ético-político não é tarefa do acaso, e sim intencional”, pontua.

Vindo da Zona da Mata, Pedro Gazolla, integrante do NAS Ubá, diz que para além de repensar práticas profissionais e buscar meios de ampliar a participação da categoria, o encontro também foi uma  possibilidade de se reconectar com outros Núcleos e dividir histórias. “A realização do Encontro Estadual dos NAS nos mantém fortalecidos e nos conta a história de como mulheres e homens fizeram e construíram o Serviço Social mineiro”, ressalta.

Já Hélia Sacramento, do NAS Poços de Caldas, orgulhosa de ser assistente social, comenta sobre perceber o quão organizada, trabalhadora e comprometida com o projeto ético-político é a sua categoria. “O Encontro Estadual dos NAS foi um marco em que houve compartilhamento de experiências e de ideias para novos desafios. Diante disso, observei que as dificuldades acontecem em todos os Núcleos, portanto, o momento é para seguir em frente, somos força”, comenta.

Em busca da descentralização

Um dos grandes desafios do CRESS-MG é o processo de interiorização e de territorialização da organização local ou regional de assistentes sociais. Mesmo com uma grande oferta de atividades on-line e gravadas, o estado de Minas é extenso, criando obstáculos para quem mora no interior participar de determinadas ações presenciais na Sede e Seccionais.

Assim, no que diz respeito a se organizar para se qualificar e defender o Serviço Social, são os NAS que conseguem chegar a diferentes lugares e propiciar a capilaridade nas lutas e resistências, que nascem com o propósito de ampliar a interlocução do CRESS-MG com a categoria, mantendo a realização dos Encontros Estaduais com o intuito de fortalecer a direção política hegemônica da profissão.

Em nosso site, na aba “conheça os NAS”, você encontra detalhes sobre todos os grupos, suas histórias, quais as cidades de abrangência e o contato das e dos assistentes sociais que estão nas coordenações. Procure o NAS mais próximo de você – ou articule a criação de um – e participe!

Conheça a história dos NAS ativos hoje em Minas Gerais.

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