Novos ares para a profissão: eleitas as e os profissionais que irão representar Minas Gerais no Encontro Nacional CFESS-CRESS 

Publicado em 05/07/2023

Profissionais se reúnem para eleger quem vai representar Minas no Encontro Nacional.

Imagina poder expressar ideias e votar medidas que definem os rumos do Serviço Social brasileiro? Pois é o que fazem as e os assistentes sociais eleitos, em cada estado, para compor as delegações que irão participar do Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS, o maior espaço de decisão da profissão, no país, e que acontece todo ano.

Uma parte desse grupo de pessoas integra a gestão e a outra é composta por profissionais engajadas que se candidatam e são eleitas e eleitos pela própria categoria durante a Assembleia Geral Ordinária. Em Minas Gerais, a votação aconteceu no dia 23 de junho, na Sede do CRESS-MG, em Belo Horizonte.

Cerca de 30 profissionais participaram da atividade e dez foram escolhidas para participar do processo, que inclui o Encontro Nacional, em setembro, e o Encontro Descentralizado, realizado em agosto, em uma das capitais da Região Sudeste, a fim de preparar regionalmente as propostas para o mês seguinte.

Voz e voto

A possibilidade de representar a categoria num evento tão necessário para o Serviço Social foi o que motivou Suênya Tatiane, assistente social e coordenadora do Curso de Serviço Social da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), a se candidatar este ano para os encontros.

“Estar presente em momentos como este é uma forma de reforçar o nosso compromisso ético-político no desenvolvimento da práxis profissional, bem como fortalecer o nosso sentimento de luta, visando à preservação, defesa e ampliação dos direitos humanos e da justiça social”, pontua.

Além disso, estes são espaços formativos que acrescentam no fazer profissional de quem participa, como destaca Suênya. “Participar contribui no exercício da docência, uma vez que precisamos pautar, nestes eventos, temas que rebatem diretamente na formação, tendo em vista os desafios relacionados à precarização e ao sucateamento da profissão.”

Assim como a professora, Elson Nunes, assistente social na Secretaria Municipal de Educação de Uberlândia, irá pela primeira vez aos dois eventos enquanto membro da delegação. Natural de Guanambi, na Bahia, o profissional se autodeclara preto e diz que poder contribuir com os debates será uma realização de vida, uma vez que, até então, não havia tido a oportunidade de militar pelo que acreditava.

“A participação política é algo que me move muito. Por questões de sobrevivência e outras dificuldades, não pude participar ativamente dos movimentos sociais, tão importantes para a busca da emancipação política e humana. Com esta oportunidade, quero mergulhar nesse universo que me traz muita alegria e satisfação”, comenta.

A militância, seja em qual área for, exige comprometimento, tempo e disposição. É uma realidade difícil de conciliar com as demais tarefas cotidianas, mas necessária, especialmente no campo do Serviço Social, como afirma José Ribeiro, que integrou as duas últimas gestões do CRESS-MG, e agora irá aos eventos deste ano como profissional de base – termo que se refere a assistentes sociais engajadas e engajados no fortalecimento da profissão, mas que não são parte da gestão.

“Entre os eixos debatidos no Encontro Nacional, está o de Formação Profissional, que vem sofrendo com os rebatimentos e ataques do grande capital. Assim, é preciso construir estratégias de combate aos ataques à formação profissional em Serviço Social e este evento, neste primeiro ano de novas gestões, é essencial para essa finalidade”, explica José, se referindo ao fato de que a cada ano do triênio, os Encontros têm diferentes finalidades: planejamento, monitoramento e avaliação.

Um órgão de fiscalização

O CFESS e os CRESS, embora tenham um marcado viés de defesa dos direitos da categoria e da classe trabalhadora, têm como principal objetivo resguardar que a sociedade tenha acesso a uma atuação de qualidade por parte das e dos assistentes sociais. Para isso, a importância da fiscalização e da orientação: razão de existir dos conselhos profissionais.

No Encontro Nacional, vários eixos transversais são debatidos, inclusive o de Orientação e Fiscalização do Exercício Profissional. Além disso, é importante que as assistentes sociais que atuam como agentes fiscais participem desses eventos para colaborar com as discussões e tomadas de decisão, como é o caso de Erica Araújo, trabalhadora da Seccional Montes Claros que irá com outras colegas na categoria de convidada – aqui, a participante tem direito a fazer intervenções nos eventos.

“Trazemos para esses espaços, as principais dificuldades enfrentadas pela categoria. As discussões e deliberações sobre o exercício profissional incidem diretamente em nosso trabalho. No último encontro, por exemplo, foram abordados temas como: estágio de pós-graduação, requisições indevidas e as novas configurações no mundo do trabalho, como o trabalho mediado por TICs e o teletrabalho”, exemplifica.

Além dos debates políticos, esses são assuntos técnicos de grande relevância e que devem ser pautados nesses encontros, como elucida Erica. “São nesses eventos que se definem fluxos e diretrizes gerais das comissões, assim como ações de enfrentamento à precarização do trabalho nos diversos campos de atuação, entre outras questões que fazem parte do que é o fiscalizar e orientar dentro do CFESS-CRESS”, elucida.

Próximos passos

Ser parte da delegação é contribuir ativamente para fortelecer o Serviço Social.

A delegação de cada estado brasileiro é proporcional ao número de assistentes sociais inscritas e inscritos. Uma vez fechada a composição do grupo que inclui assistentes sociais com direito à voz e ao voto (delegadas/os) e pessoas convidadas com direito à voz (representantes de Abepss, Enesso, trabalhadoras do CRESS, agentes fiscais etc.), os próximos passos são:

> Reunião de capacitação para o Encontro Descentralizado da Região Sudeste (julho)

Aqui, as pessoas que compõem a delegação passam por uma qualificação oferecida pelo CRESS-MG a fim de entenderem do que se trata o processo que culmina no Encontro Nacional e se alinharem aos direcionamentos e defesas feitas pelo CRESS-MG. Além do mais, são abordadas as possíveis propostas, dentro de cada um dos oito eixos, que Minas Gerais deverá levar ao Descentralizado.

> Encontro Descentralizado da Região Sudeste (agosto)

A cada ano, o evento acontece em uma das quatro capitais da Região Sudeste, a fim de apresentar as propostas e debates, alinhá-las regionalmente, para chegar no Nacional com sintonia e com as discussões fortalecidas em âmbito local. Este ano, o Descentralizado acontece em São Paulo (SP). A mesma dinâmica é feita nas outras partes do país.

> Encontro Nacional CFESS-CRESS (setembro)

É chegado o momento de compartilhar as pautas, propostas e debates a nível nacional, num espaço em que se reúnem assistentes sociais de todo o Brasil. A fala das e dos profissionais é garantida, assim como acontece nos processos anteriores. Após um amplo debate sobre os temas, em que são trazidas nuances e especificidades de cada região, uma plenária final é feita para votar e deliberar as novas propostas que visam fortalecer o Serviço Social brasileiro.

Os rumos do SeSo começam aqui

O cotidiano maçante é muitas vezes um empecilho para que muitas e muitos assistentes sociais participem desses processos de decisão ou mesmo os acompanhe a distância. Para estimular que a categoria fique por dentro dessas ações, este ano adotaremos o selo “Os rumos do Seso começam aqui”.

Na cor verde, representando a profissão, e com a imagem de uma pequena muda, em referência ao Código de Ética e que lembra as “montanhas mineiras”, o símbolo gráfico é um recurso da comunicação que será aplicado em toda publicação referente a esse processo que se inicia com a Assembleia Geral Ordinária e culmina no Encontro Nacional CFESS-CRESS.

Assim fica mais fácil saber do que se trata o assunto abordado no post. Acompanhe nosso site e redes sociais!

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