Fruto de resistência e união, Núcleo de Assistentes Sociais de Uberlândia volta a se rearticular

Publicado em 22/07/2024

Nos dias de hoje, Uberlândia desponta como a segunda cidade mais populosa de Minas Gerais, atrás apenas da capital, Belo Horizonte. De acordo com o último Censo de 2022, a cidade abriga uma população vibrante e diversa, refletida também no número de profissionais do Serviço Social em atuação no município. Em meio a este cenário, marcado também por desafios, surgem resistência e esperança.

Vivendo tempos de desmonte e ataques às políticas públicas, direitos sociais e à classe trabalhadora, a metrópole do Triângulo Mineiro, conhecida por sua histórica inclinação a governos conservadores e pela precarização das condições de trabalho, viu a necessidade de retomar um espaço de articulação e fortalecimento coletivo para os profissionais do Serviço Social.

Foi com esse propósito que, a partir de uma live promovida pela Comissão de Apoio a Grupos Organizados (Comago) em parceria com o NAS Prisional, um grupo majoritariamente de profissionais da Educação Básica decidiu iniciar uma nova jornada de organização iniciada em 7 de novembro de 2023.

A partir desse coletivo, articulou-se uma reunião presencial com a participação da  diretora da Seccional Uberlândia e integrante da Comago, Beatriz Oliveira, em 23 de novembro, em que se decidiu por rearticular o Núcleo de Assistentes Sociais (NAS) em Uberlândia.

Em 15 de maio de 2024, Dia do Assistente Social e próximo dos 40 anos da Seccional, comemorados em 18 de junho, uma reunião on-line foi convocada para formalizar o retorno. Desde então, o grupo vem crescendo, incluindo profissionais de diferentes partes da cidade, ampliando discussões e incluindo novas vozes.

O NAS na origem da Seccional Uberlândia 

A Seccional Uberlândia nasceu em 1985, a partir de um Núcleo de Assistentes Sociais (NAS) da região que se uniu justamente com o intuito de debater a profissão, que ainda precisava ser entendida em sua integridade. Desse grupo, que acumulou experiência em debates, seminários e se aproximou de Escolas de Serviço Social, como a de Ribeirão Preto e a de Belo Horizonte, surgiram duas frentes: a que buscou a criação da Seccional e a que buscou a criação de um sindicato das e dos assistentes sociais.

Portanto, a cidade acumula um histórico importante que mostra a potência dos Núcleos, que distribuídos pelo estado, fortalecem a profissão em diversos âmbitos. Uberlândia revive, com a rearticulação do NAS, a chama do coletivo e da resistência: um passo significativo na luta pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do Serviço Social. A história continua a ser escrita, com Uberlândia como palco de união e força.

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