Publicado em 01/09/2023
A vida corrida, reflexo da sociedade capitalista, exige muito de todas e todos nós, especialmente das mulheres. É preciso muita coragem e comprometimento para, em meio a tantas demandas do dia a dia, ceder parte do próprio tempo a uma causa que acreditamos, como fazem as e os assistentes sociais que compõem as gestões do CRESS de Minas Gerais que agora em setembro, completa 60 anos.
A fim de contribuir para que o Serviço Social seja uma profissão reconhecida e valorizada na sociedade, essas pessoas dedicam horas não remuneradas para pensar em como fortalecer a categoria por meio de debates, cursos, dando direcionamento político para ações que orientam e fiscalizam o exercício profissional e, ainda, tendo o grande desafio que é gerir uma autarquia pública.
Responsável por registrar, orientar e fiscalizar a atuação profissional de assistentes sociais em todo o estado, hoje o CRESS-MG está entre os três maiores Conselhos Regionais de Serviço Social do país, totalizando 20.500 profissionais com inscrição ativa. Além da sede própria, em Belo Horizonte, é composto por três seccionais nos municípios de Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia.
A direção política da entidade é dada por essas conselheiras e conselheiros que por três anos, dispõem parte do seu tempo para se dedicar ao CRESS. A fim de materializar as ações e mantê-lo ativo, trabalham dezenas de profissionais de várias áreas, como Administrativa, Comunicação, Jurídica, Serviços Gerais e também o próprio Serviço Social, através do cargo de agente fiscal, ocupado por assistentes sociais.
É o recurso da anuidade que mantém, desde o início, esta complexa estrutura que é o Conselho, entidade criada para garantir que a população seja atendida por um Serviço Social de qualidade. A anuidade é o que permite ações para orientar e fiscalizar assistentes sociais em toda Minas Gerais. Além disso, através desse recurso são promovidos cursos, debates e oficinas gratuitas para que a categoria se qualifique e se atualize sobre os temas atuais do Serviço Social.
Dos primeiros passos…
No início dos anos 1960, o curso superior de Serviço Social já era reconhecido pelo MEC. Após a profissão ter sido aprovada e regulamentada pelo Legislativo, foi necessário constituir Conselhos Federal e Regionais para registrar profissionais habilitadas pelas graduações existentes, além de implantar ações para orientar e fiscalizar a atuação profissional.
Assim, em 21 de setembro de 1963, tomava posse a primeira diretoria do que na época se chamava Conselho Regional de Assistentes Sociais da 6ª Região. O então CRAS era integrado pelos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, que veio a se emancipar duas décadas depois. A primeira diretora foi Maria Luiza Pedrosa Botelho, professora da Escola de Serviço Social da PUC Minas.
Em entrevista dada ao CRESS em 2013, Maria Luiza contou que nos primeiros anos, ela e outras diretoras se reuniam em espaços emprestados para organizar o levantamento inicial das e dos profissionais de todo o estado. Logo que as taxas de inscrição e de anuidades passaram a representar uma “receita” razoável, foi alugada a primeira sala, comprados os primeiros móveis e contratada a primeira secretária.
… aos dias atuais: você faz parte desta história!
Bastante coisa mudou desde aquela gestão, empossada às vésperas de uma Ditadura Militar. Nos anos 1970 e 1980, o Congresso da Virada, cujo berço se deu em solo mineiro, através do Método BH, revolucionou o Serviço Social. Com o passar dos anos, a categoria se reinventou, se ampliou e o CRESS precisou acompanhar as mudanças.
E se por um lado o aumento do números de pessoas inscritas exigiu o crescimento da estrutura e de profissionalização dos serviços, trazendo desafios práticos ao Conselho, no campo político e ideológico, mesmo em se tratando de uma categoria profissional aguerrida, mobilizar assistentes sociais para a tarefa de compor uma gestão ou participar das atividades propostas também é árduo.
Mas cá estamos: seis décadas depois, na ativa pelo fortalecimento da profissão. Seja como parte da diretoria, como assistente social da base – como são chamadas aquelas e aqueles profissionais que compõem comissões e participam ativamente do Conselho sem estar na gestão, ou como categoria que contribui pagando a anuidade, são muitas e muitos os que fizeram e fazem parte desses 60 anos!
Em 2023, portanto, é ano de relembrar esta trajetória que tem cumprido com os compromissos e direção do Serviço Social brasileiro e, além de prezar por um exercício profissional de qualidade, se alinha às lutas da classe trabalhadora, defendendo a ampliação e universalização dos direitos e das políticas públicas, a socialização da política e o fortalecimento dos movimentos sociais!
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