Militando por um Serviço Social e um CRESS mais fortes: seja nas comissões ou nos NAS, assistentes sociais de base se qualificam e contribuem nos debates da profissão

Publicado em 21/08/2022

Aos 69 anos, a assistente Antônia Braga atua em BH e compõe a delegação que representa Minas Gerais nos Encontros CFESS-CRESS. Foto: Marcela Viana.

Se engajar em lutas sociais faz parte da atuação das e dos assistentes sociais. A importância da militância é citada no próprio Código de Ética Profissional. Entre as muitas pautas que a categoria pode se aliar, está a própria defesa do Serviço Social. As gestões dos CRESS, por exemplo, são formadas por assistentes sociais que disponibilizam tempo e energia para manter ativa a entidade e, assim, fortalecer a profissão.

Estas pessoas não recebem salário por esta função, pois se trata de um cargo honorário, não remunerado. Durante três anos, podendo se reeleger por mais um triênio, se comprometem a acompanhar as ações e contribuir para dar direcionamento administrativo e político aos conselhos. Além de compor uma gestão, há outras maneiras de estar mais perto dos CRESS, ajudando a construí-lo e também se qualificando através das trocas e experiências.

Conhecidas e conhecidos como assistentes sociais de base, estas e estes são profissionais que tanto na Sede como nas Seccionais buscam participar ativamente das atividades propostas pela entidade, seja por meio de comissões temáticas ou criando e integrando algum Núcleo de Assistentes Sociais (NAS) existente em Minas Gerais. Dedicando parte do seu tempo a melhorias para toda a categoria, essas pessoas são essenciais para um CRESS e um Serviço Social fortes.

A base nas decisões do Conjunto CFESS-CRESS

Juliana Andrade coordena o Núcleo de Assistentes Sociais de Ubá, importante espaço para mobilizar a categoria em uma região. Foto: Marcela Viana.

Na última semana, de 05 a 07 de agosto, por exemplo, estas e estes assistentes sociais de base do CRESS Minas Gerais viajaram à Vitória (ES) para o Encontro Descentralizado da Região Sudeste. Junto de integrantes da atual gestão, Unidade na Luta para Resistir e Avançar (2020-23), assim como de parte da equipe técnica que trabalha no dia a dia do CRESS, as bases participaram, puderam se manifestar e contribuir com as a dos Encontros Descentralizado e Nacional, a base, nestes eventos que acontecem uma vez ao ano, tem direito à voz, ou seja, a se posicionar publicamente, assim como tem também direito a votar, quando há pontos para serem deliberados. Isto é, a possibilidade de contribuir diretamente com as diretrizes do Serviço Social ao alcance das mãos.

Em 2022, Minas Gerais terá o maior número de delegadas e delegados da história do CRESS-MG: serão 36 pessoas, dentre elas, assistentes sociais de base eleitas e eleitos em assembleia aberta a toda a categoria. São profissionais naturais de diferentes partes do estado e que irão levar a esses dois grandes eventos a diversidade e especificidade da atuação profissional de suas respectivas regiões. Abaixo, você confere o depoimento de algumas dessas bases.

Natural da Zona da Mata Mineira, Juliana Andrade atua na política de Assistência Social e coordena o Núcleo de Assistentes Sociais (NAS) de Ubá. Esta é a primeira vez que ela participa dos encontros CFESS-CRESS por reconhecer a importância de estar ali, representando a categoria, além de entender que estes são espaços de formação.

“O Descentralizado foi uma experiência incrível para o meu desenvolvimento enquanto profissional e me trouxe muito conteúdo e bagagem para abordagem no lugar de coordenadora de um NAS com tantas e tantos colegas capacitados e engajados como são os de Ubá. Pude perceber o quanto o nosso trabalho é importante e o quanto o desmonte das políticas públicas têm dificultado nossa atuação. Toda essa análise me enriqueceu muito como pessoa, e principalmente como assistente social”, avalia.

Do Norte Mineiro, atuando na Proteção Básica do município de Taiobeiras, vem Philipe Nunes. Também em sua estreia nos eventos do Conjunto, ele considera que participar do Encontro Descentralizado o ajudou a entender como funciona o CRESS, podendo entender suas etapas de planejamento, deliberação e avaliação.

“Este foi um momento que contribuiu com a minha formação e atuação profissional desde o seu tema (“Trabalhadoras do Brasil: ́É preta, é pobre e não anda sozinha´. É na luta que a nossa classe refaz o caminho”), que reforçou a urgência de combater o heteropatriarcado e o racismo, pilares estruturantes deste modo de produção que nos impõe uma sociedade opressora e violenta. Portanto, é essencial nos engajarmos nas lutas do CRESS – que também são nossas, a fim de materializarmos o projeto ético e político que queremos!”, pontua.

Há seis anos compondo a Comissão de Direitos Humanos, Jacqueline Alamino, que atua em Resende Costa, na região do Campo das Vertentes, está integrando pela segunda vez a delegação mineira nos encontros. Para ela, se aproximar do Conselho é formativo e a incentiva a estar constantemente se atualizando.

“No Descentralizado, os debates sobre os eixos de seguridade social e ética e direitos humanos foram úteis para tirar dúvidas. Já os temas ligados ao administrativo e financeiro dos CRESS nos ajudam a saber, por exemplo, para onde vai a anuidade. Precisamos levar para o nosso local de trabalho as bandeiras de lutas do Conjunto CFESS-CRESS para apresentar às usuárias e usuários a que viemos e que estamos preparadas para a garantia de seus direitos!”, enfatiza.

Se aproxime do CRESS

Anna Bertelli e Deivid Palmezoni já compuseram gestão e hoje são assistentes sociais de base. Em ambos os casos, cargos de militância. Foto: Marcela Viana.

Para o CRESS que queremos, a presença da categoria em suas atividades é essencial. Por isso, o conselho incentiva que você acompanhe nossas ações pelo site, redes sociais, que leia e compartilhe nossos conteúdos, além, é claro, de participar das comissões temáticas das Sede e Seccionais e de integrar os Núcleos de Assistentes Sociais distribuídos por Minas Gerais.

Além das comissões relacionadas ao Serviço Social nas várias políticas públicas, é possível integrar espaços como os das comissões de processos éticos, em que você tem a oportunidade de conhecer mais da legislação do Serviço Social. Clique aqui e veja como!

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