Publicado em 10/02/2017
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do CRESS-MG promoveu nesta segunda-feira, 7 de fevereiro, a Roda de Conversa “Reflexões sobre a atuação da e do assistente social no atendimento às pessoas trans”. Durante o evento, foram relatados importantes e emocionantes depoimentos sobre as violências e opressões cotidianas das pessoas trans e, ainda, a necessidade da efetivação de políticas públicas para essa população.
A atividade foi mediada pelos assistentes sociais e membros da CDH, Olga Aquino e Gustavo Teixeira, e teve a participação de Sissy Kelly, coordenadora da Coordenação de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans na Terceira Idade, da Rede Trans Brasil, e Rhany Merces, integra o Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), ambas militantes dos direitos da população trans.
População trans em situação de rua
As pessoas trans em situação de rua foram o foco da apresentação de Sissy, criadora do Movimento Trans População de Rua. Para ela, a atividade foi muito produtiva e eficaz no sentido de dar visibilidade a essas pautas. “É preciso criar políticas sociais para o acolhimento desse público. A princípio foi pensado em inserir, em um mesmo ambiente, pessoas trans e cisgêneras*, mas hoje já se entende a importância de um espaço exclusivo para as e os trans”.
A militante defende iniciativas que respeitem a identidade de gênero dessas pessoas, com pessoal qualificado para atendê-las, com respeito do nome social e também ideias que visem capacitar essas pessoas trans para retomar às suas famílias e ao mercado de trabalho. No Albergue Municipal Tia Branca, por exemplo, existem três pessoas trans acolhidas no espaço masculino. Nessa Semana de Visibilidade Trans, da qual a Roda de Conversa faz parte, foram feitas articulações para levar a proposta de alguns cursos para estes locais.
"Tiramos as pessoas das ruas, mas precisamos tirar as ruas dessas pessoas, ou seja, os hábitos que elas trazem de suas vivências nas ruas", aponta Sissy, ressaltando que é preciso, ainda, responsabilizar o Estado pela situação degradante em que vivem homens e mulheres, cis ou trans, em situação de rua.
Semana Nacional de Visibilidade Trans
Em BH, a Semana Nacional de Visibilidade Trans trouxe bastante avanço para a população trans em situação de rua. Confira aqui, a matéria de conteúdo audiovisual que as e os alunos da UFMG realizaram sobre travestis e transexuais que vivem em BH. O vídeo divulgado ajudou a duas travestis a encontrarem suas famílias, que moram no interior.
O CRESS-MG também produziu um conteúdo especial para abordar a questão trans para leigas e leigos e também para o público trans. Para conferir os vídeos, artigos e filmes selecionados, clique aqui!
Para lembrar o Dia da Visibilidade Trans, no ano de 2016, entrevistamos a militante Sissy. Relembre essa conversa registrada em vídeo!
* Pessoas cisgêneras são aquelas que se identificam com o gênero que lhes é atribuído ao nascer, já as pessoas trans não se identificam com o gênero que lhes é assignado ao nascer e em algum momento de sua vida, iniciam o processo de transição de um gênero a outro.
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