Assistentes sociais na Política Municipal de Educação é tema em evento realizado pela Seccional Montes Claros

Publicado em 26/08/2016

As diversas esferas que envolvem a atuação da e do assistente social no âmbito da Política de Educação Municipal foram abordadas em um evento realizado pela Seccional Montes Claros, no dia 17 de agosto, e que teve a participação da professora Eliana Bolorino. A convidada, que integra o Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Serviço Social na Educação da Unesp/Franca, iniciou sua exposição diferenciando conceitos como assistencialismo, assistência social e Serviço Social e, em seguida, explicou o porquê de o Serviço Social ser, hoje, mais requerido na área da educação. Além disso, Bolorino comentou qual o papel de assistentes sociais na política da educação e explicou como se dá a luta dessa categoria profissional pela educação pública e também a defesa da inserção de assistentes sociais nessa política social.

Na ocasião, a professora também falou de seu livro intitulado "Educação e serviço social – Elo para a construção da cidadania", Ed. Unesp, e disponível no formato e-book. Apoiada teoricamente em Marx, no educador brasileiro Paulo Freire e em outros/as que compartilham da mesma perspectiva, Bolorino parte do reconhecimento da importância da educação, nas suas mais diferenciadas formas, como um elemento essencial para a organização da cultura e para a formação do homem na direção de sua emancipação, cuja busca é também uma das principais missões do serviço social.

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Voz das participantes

As transformações sociais, culturais, assim como as ocorridas no mundo do trabalho, fizeram com que a escola passasse ser também “a casa do aluno/a” e, com isso, o professorado acaba ganhando papéis diversos e que o desviam do objetivo final do seu trabalho. Foi esta uma das reflexões que levou a professora de educação física da rede pública e estudante de Serviço Social, Michelle Melúcio, a participar do evento. Para ela, a palestrante apresentou uma ótica que veio a calhar diante dos questionamentos que muitos das e dos professores, profissionais e futuras/os assistentes sociais, transportamos no mundo do trabalho:

“Uma exposição baseada não apenas na defesa de ‘mais um campo de atuação para assistentes sociais’, mas para além: nos convidou a ‘tomar consciência do que o espaço da escola representa na sociedade’, que a mesma é reflexo latente da vida da classe trabalhadora, que naquele ambiente habitam inúmeras particularidades sociais e que necessita, portanto, de uma intervenção de qualidade, com clareza de funções e papéis a serem desempenhados por cada profissional, seja ele educador/a ou assistente social”, afirma a professora e futura assistente social, que observou, ainda, a riqueza de detalhes na fala de Bolorino.

Educação privada

Atuando há quatro anos em escolas privadas, desde o ensino infantil ao superior, a assistente social Betiene Velloso comenta que a exposição de Bolorino contemplou também seu campo de atuação. “Com a palestra foi possível perceber que as expressões da questão social nas instituições de ensino privadas são as mesmas que nas públicas. Em alguns casos, há condições socioeconômicas e organizações familiares diferenciadas, porém, enfrentam dificuldades semelhantes. Sabemos que inúmeros problemas sociais que atingem o alunado se refletem na escola, por isso a importância de uma equipe multidisciplinar, comprometida e que possa promover intervenções que contribuam para a permanência destes alunos e alunas na escola, uma vez que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, toda criança e adolescente tem o direito à educação, visando o pleno desenvolvimento, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”, ressalta Betiene.

Com a discussão e a presença de outros profissionais da educação no evento, como professores/as e pedagogos/as, ficou nítida a importância de assistentes sociais no espaço escolar, de forma a contribuir para as situações que perpassam a aprendizagem, mas que vão além do conhecimento acadêmico, como pontua a profissional. “Atuamos intervindo em desafios cotidianos a serem vencidos, como o baixo rendimento escolar, desinteresse pelo aprendizado, vulnerabilidade às drogas e alcoolismo, evasão escolar, indisciplina, comportamento agressivo, inclusão, contextos familiares e as vulnerabilidades sociais.” Ainda sobre a educação privada, Betiene observa que o Serviço Social também é amplo e não se limita ao universo de estudantes bolsistas e das demandas que esse processo compreende diante da legislação.

Audiência Pública

No dia seguinte à palestra, 18 de agosto, aconteceu uma audiência pública pela inclusão de assistentes sociais e psicólogos/as na Política Municipal de Educação de Montes Claros. O ato lotou o local, mobilizando ambas as categorias e trazendo muitas reflexões importantes sobre o tema. A professora Eliana Bolorino também participou deste momento.

Em breve, o CRESS-MG divulgará mais detalhes e depoimentos sobre este importante espaço de luta.

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