Travestis e prisões

Publicado em 29/01/2016

“O Dia da Visibilidade Trans no Brasil vem justamente para afirmar que essas pessoas têm desejos e necessidade de reconhecimento, não apenas sobre a questão da redistribuição da renda e do trabalho, mas também do reconhecimento de sua identidade, de serem chamadas pelo nome pelo qual se identificam, o direito de usar o SUS, de acessar a escola. A data vem como um grande guarda-chuva para pensar em como as políticas públicas precisam acolher essa população na escola, na saúde, na segurança, no trabalho, na assistência social. É um dia para a gente celebrar a luta dessas pessoas”. A afirmação é do assistente social Guilherme Gomes Ferreira, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da PUCRS.

Em 2015, ele lançou o livro “Travestis e prisões: experiência social e mecanismos particulares de encarceramento no Brasil”. A publicação é fruto da dissertação de mestrado apresentada por Guilherme em 2014, cuja pesquisa é focada na vida de travestis no Presídio Central de Porto Alegre (PCPA). “A questão da política penitenciária ainda precisa avançar bastante no Brasil, em termos de acolhimento da população travesti e transexual. Temos também o desafio de pensar como essa população pode deixar de viver e experimentar essa seletividade e essa noção de que é uma população criminosa. Isso tem que ser bastante discutido ainda”, afirma o assistente social.

Acompanhe, abaixo, a entrevista que Guilherme concedeu ao CRESS-MG, diretamente de Porto Alegre.

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