Publicado em 23/04/2015
A Frente Independente pela Memória, Verdade e Justiça de Minas Gerais (FIMVJ), da qual o CRESS-MG faz parte, promove no sábado, dia 25 de abril, em BH, uma série de atividades para abordar e propor uma reflexão crítica sobre os desdobramentos dos 21 anos de ditadura militar no Brasil.
A programação inclui painéis com convidados que vivenciaram o regime militar ou que sofrem ainda hoje os resquícios desse sombrio período da história brasileira, tais como perseguidos políticos e representantes de coletivos de jovens de BH e do Rio de Janeiro.
Haverá ainda apresentação cultural de voz e violão e caldo de feijão e torta vegana.
As atividades acontecem no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (IHG), Rua Hermilo Alves, 290 – Santa Tereza – BH.
Confira a programação completa deste evento no Facebook.
Autonomia e atualidade da Frente
A FIMVJ tem um caráter independente em relação ao Estado, seu aparato repressivo e a todos os governos, assim como à Comissão Nacional de Verdade lançada pelo governo Dilma.
Por sua vez, a CNV tem seus fundamentos na Lei da Anistia de 1979, que mantém na impunidade todos os civis e militares envolvidos com a ditadura. A Frente Independente repudia os pactos do governo federal com os militares, que ajudam a permitir que até hoje continue a impunidade em relação aos crimes cometidos pelo Estado e pelo aparato repressivo contra a população.
Ainda nos dias atuais existe para a maioria da população, a forte presença de um estado de exceção. Para citar um caso mais recente e emblemático, Heloísa Greco, coordenadora do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, em recente reunião da Frente, comenta sobre a aprovação do Projeto de Lei que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade.
“A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal junto ao reacionário Congresso querem consolidar a criminalização da infância e da juventude no país com a aprovação desta PL. Este é o país do encarceramento em massa, componente da guerra generalizada contra os pobres. São os moradores da periferia, principalmente os negros, as principais vítimas da violência policial e das chacinas periódicas”, pontuou.
Em 2014, no Dia da Consciência Negra, Heloísa concedeu uma entrevista ao CRESS-MG em que abordara como os resquícios da ditadura são cotidianos na vida do jovem negro e pobre. Releia aqui o conteúdo.
Intervenção militar, nunca mais!
O sombrio período marcado pela repressão completou 50 anos em 2014 e recentemente voltou à cena de maneira inusitada. Nos últimos protestos do dia 15 de março e 12 de abril de 2015, milhares de brasileiros saíram às ruas pedindo o fim da corrupção, o impeachment da presidenta da república e, de forma impensada, uma nova intervenção militar no país.
O evento do dia 25 de abril é uma oportunidade para entender de que forma a ditadura militar marcou negativamente a história do Brasil.
Veja aqui a análise do CFESS sobre o atual cenário de protestos no país.
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