Publicado em 06/10/2014
Em um espaço onde são decididos os rumos da profissão, como é o Encontro Nacional do Conjunto CFESS-CRESS, nada mais coerente que a participação de assistentes sociais de base. Eleitos em assembleia abertas à categoria, esses profissionais representam toda a classe profissional de seu estado.
A responsabilidade é grande, mas é por meio dessa representação que as demandas da categoria ganham voz e voto durante o maior fórum deliberativo de assistentes sociais no Brasil.
Na última edição, realizada de 18 a 21 de setembro, em Brasília (DF), a delegação do CRESS-MG contou com 12 assistentes sociais de base, representando a Sede e as Seccionais Juiz de Fora, Montes Claros e Uberlândia.
Participação ativa
A realidade contemporânea exige dos profissionais com posicionamentos mais críticos, uma participação maior nos espaços coletivos da categoria. Foi por esse motivo que o assistente social do Instituto Federal de Minas Gerais, Filipe Perantoni, decidiu se candidatar para integrar a delegação do CRESS-MG no Encontro Nacional, representando a Seccional Juiz de Fora.
“Pessoalmente foi muito prazeroso ter a possibilidade de ser sujeito ativo de um processo de deliberações que determina os rumos políticos da categoria. No aspecto coletivo, mostra um amadurecimento político do Conjunto quando democratiza suas decisões também para assistentes sociais de base, fortalecendo o entendimento de que sua força motriz se faz em cada espaço sócio-ocupacional, em cada intervenção comprometida com o projeto ético-político da profissão”, comenta.
Mesmo participando da aprovação das propostas que vão nortear o exercício profissional, Filipe admite que o momento mais marcante do Encontro, para ele, foi a mesa “Serviço Social, Memórias e Resistências contra a Ditadura”, que reuniu cinco assistentes sociais, representando cada região do país, para contarem suas histórias de luta contra o regime militar, de 1964 a 1985.
“Foi inesquecível. Não só pela emoção em ver a brava resistência dos companheiros assistentes sociais, torturados, punidos, mortos, por defenderem uma sociedade mais justa, mas também pelo paralelo que há entre as atrocidades daquele período e a dinâmica contemporânea do extermínio dos jovens negros das periferias, da criminalização aos pobres, à luta, à resistência de quem dedica sua vida pela defesa de uma sociedade radicalmente democrática. Tenho certeza que as lágrimas daquele momento serão a gasolina de uma rebeldia próxima”, afirma.
Para Filipe, a participação nesse 43º Encontro Nacional foi uma oportunidade única de formação política profissional. “Agora me vejo com o ânimo renovado para contribuir nos planos para execução das deliberações, assim como nos demais espaços do Conjunto CFESS-CRESS. Acredito que todos deveriam se esforçar para participar dos próximos encontros”, acrescenta.
Aproximação da categoria
A participação é, também, uma grande oportunidade para conhecer melhor o Conjunto e contribuir para a aproximação da categoria nas ações dos CRESS, como afirma a assistente social do INSS, em BH, Marlene Rocha (na foto, à direita, ao lado de Fernanda Silva, também representante da Sede).
“Nesse processo, pude entender melhor o papel dessas entidades, assim como suas limitações e possibilidades. Ao socializar a experiência desse Encontro Nacional no nosso espaço sócio-ocupacional, todos nós que estivemos presentes, contribuímos, de alguma forma, para o fortalecimento do CRESS em nossa região”, diz.
Formada há 15 anos, Marlene pontua que a academia é apenas o ponto de partida da formação profissional e que, integrar a delegação do CRESS-MG em um espaço tão relevante para a categoria, soma no processo de formação continuada.
“O evento possibilitou conhecer novas colegas e trocar experiências, tanto da mesma área de trabalho, quanto de outras afins. Com certeza foi um privilégio esta oportunidade e gostaria de incentivar nossos queridos colegas de profissão a participarem de espaços tão ricos como este!”, acrescenta.
As discussões que antecedem a aprovação das propostas trazidas pelas cinco regiões do país, além de definirem os rumos do Serviço Social, são muito proveitosas e esclarecedoras, como destaca Marilene, que esteve nos eixos de Comunicação, Seguridade Social e Administrativo-financeiro.
“Houve um intenso envolvimento e contribuição de assessores e delegados do CRESS-MG, no que se refere a esclarecimentos e fatos até então desconhecidos por mim e outros participantes. Sobre eixos como o de Comunicação, aprendi muito, visto que tinha um conhecimento insipiente sobre o tema, e constatei que o trabalho desenvolvido por nosso Conjunto é bem amplo e de fato comprometido com as questões inerentes aos mesmos”, ressalta.
Como lembra Marlene, cada participante, de certa forma, assume o compromisso de multiplicador do conteúdo dos debates, o que fortalece tanto a categoria quanto o Conselho.
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