Publicado em 24/10/2011
A habitação de interesse social foi o tema do seminário promovido pelo CRESS-MG, na última sexta-feira, 21 de outubro. O evento recebeu cerca de 120 profissionais e estudantes de Serviço Social vindos de diversas partes do estado.
Pela manhã, os inscritos presenciaram um debate com representantes de diferentes esferas da sociedade, sobre pontos-chaves da relação entre serviço social e políticas públicas. Em breve, o CRESS-MG divulgará os vídeos desse debate, que contou com a presença de: Antonia Puertas Jimenez, coordenadora geral do processo de elaboração do Plano Municipal de Habilitação de Interesse Social de Contagem; Claudius Pereira Leite, diretor-presidente da Companhia Urbanizadora e de Habilitação de Belo Horizonte (Urbel); Ednéia Aparecida de Souza, representante do Núcleo Habitacional Central de Minas Gerais; Joviano Mayer, representante das Brigadas Populares; Renato Fontes, mestre em ciências sociais, docente e supervisor acadêmico de estágio em Serviço Social do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix; Rita de Cássia Lucena Velloso, coordenadora do Observatório de Políticas Urbanas da PUC Minas.
Após um intervalo, Flávia Mota, representante do Núcleo de Assistentes Sociais de Desenvolvimento Urbano (NAS/DU), fez uma apresentação sobre “Concentração urbana – política de desenvolvimento urbano: um campo de atuação social”. Além disso, ela falou sobre o trabalho social como instrumento da política nacional de desenvolvimento urbano. Flávia destacou, ainda, a importância de se discutir as condições de trabalho da categoria. Após a apresentação de Flávia, os participantes participaram de oficinas com os temas “Intersetorialidade”, “Interdisciplinaridade”, “Instrumentalidade” e “Condições de trabalho”.
Participantes
Para a analista de políticas públicas da Prefeitura de Belo Horizonte e professora do Centro Universitário UNA, no curso de Serviço Social, Claudinéia Jacinto, é intrínseca a relação entre o/a assistente social e a área urbana. “A cidade não é apenas um espaço físico, mas também um território onde existem pessoas com necessidades sociais”. Claudinéia, que já integrou tanto o CFESS quanto o CRESS-MG, elogia a iniciativa, destacando a mesa de debate. “A ideia de colocar a opinião da academia, do Estado e dos movimentos sociais é interessante, pois demonstra a necessidade de união de todos para promover bons resultados”.
Wanda Macedo, da Seccional Uberlândia, decidiu se inscrever no Seminário Política de Desenvolvimento Urbano para se atualizar sobre as demandas da sociedade em relação à habitação de interesse social. Para Wanda, também é muito gratificante conhecer melhor as áreas de atuação do/a assistente social nesse contexto. “Fiquei surpresa ao saber como é rica a atuação da nossa categoria quando se fala em desenvolvimento urbano”.
Estudantes de Serviço Social, preocupados em conhecer as diversas facetas da futura profissão, também compareceram ao seminário. Maria Gorete Carvalho, aluna da PUC Minas, faz estágio no CRAS da Vila da Serra, localizado na região metropolitana de Belo Horizonte. Quando se formar, ela pretende seguir na área de proteção básica e acredita que o papel do assistente social, dentro da complexidade existente nas metrópoles, é fundamental para estabelecer e mediar diálogos sociais. Dentre as oficinas realizadas no evento, ela escolheu participar da oficina de intersetorialidade, pois acredita que é de suma importância a união dos diferentes níveis sociais. “Precisamos que todos se juntem, empenhem-se e se engajem, pois só assim haverá resultados positivos dessa luta”.
Resultados
Para a integrante da comissão organizadora do seminário e membro da diretoria do CRESS-MG, Fátima Gottschalg, o evento contribui bastante para a discussão do papel do assistente social no contexto da urbanização brasileira. “A acelerada urbanização das cidades brasileiras, traz consigo problemas sociais que têm total relação com o Serviço Social”. Além disso, ela acredita que o seminário tenha servido para delinear o campo de atuação do/a assistente social, nesse contexto, e informar melhor aos presentes como se dá a política de desenvolvimento na contemporaneidade – visto que estamos quase totalmente urbanizados, entretanto, com péssimas qualidades de moradia. Sobre o debate entre os convidados, Fátima destaca a discussão sobre o déficit habitacional, tanto quantitativo quanto qualitativo, no qual o país está inserido e cuja função do assistente social é fundamental. “O público-alvo do Serviço Social corresponde a 90% dos cidadãos prejudicados por esse crescimento desestruturado das cidades”.
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