Publicado em 23/08/2011
Desde o dia 8 de junho, os professores da rede estadual estão em greve. O objetivo da paralisação é o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a Lei Federal 11.738, que regulamenta o Piso Salarial de R$ 1187,00 para uma jornada de 40 horas semanais.
Nos últimos 15 dias, foram realizadas duas reuniões entre as partes envolvidas, mediadas pelo Ministério Público, para a implantação do piso salarial. Porém, o Governo Estadual se mostrou intransigente e continuou com a posição de manter a política unilateral dos subsídios.
O sistema de subsídios, implantado em janeiro, incorpora todos os benefícios em uma única parcela, reunindo na mesma rubrica todas as conquistas da carreira. Assim, o subsídio configura um teto salarial, fazendo com que os vencimentos dos professores com mais tempo de carreira sejam achatados. Desde o início da implantação do subsídio, especula-se que mais de 153 mil educadores tenham optado por retornar ao sistema de pagamento anterior.
Professores substitutos
Com o objetivo de preparar os alunos para o ENEM, que acontecerá em outubro, a Secretaria Estadual de Educação autorizou a contratação de professores substitutos para lecionar para os alunos de terceiro ano.
Para o coordenador de comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SINDUTE-MG), Paulo Henrique Fonseca, “esta medida tem se mostrado lesiva à boa prática didática e pedagógica, pois vários dos contratados para a função ainda não concluíram seus cursos de graduação ou mesmo os já formados não são habilitados para dar aula, pois ainda não possuem a licenciatura”. Além disso, ele ainda afirma que outras irregularidades estão presentes na admissão de professores suplentes, já que relatos apontam que vários dos novos contratados lecionam também para alunos de outras séries.
Porém, os alunos afetados demonstram sua insatisfação, sendo de forma organizada ou desorganizada. Alunos do Colégio Estadual Central, em Belo Horizonte, abandonaram a sala de aula em protesto à falta de preparo dos novos contratados. Alunos de outras escolas ao redor também protestam contra essa medida puramente imediatista e sem compromisso com a qualidade do ensino.
Manifestação
Nessa quarta, 78º dia de greve, o SINDUTE-MG organizará uma Assembleia geral, que ocorrerá a partir de 14 horas no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. O encontro, que terá participação dos educadores e de demais membros da sociedade, tem como lema “Quem luta educa” e promete levar milhares de pessoas para clamar por condições dignas de trabalho para os professores da rede estadual.
Várias outras entidades, como o MST, CUT, outros sindicatos e movimentos estudantis reforçarão as manifestações para um salário digno aos educadores. Estudantes do ensino superior, também farão movimento para apoiar a luta dos professores da rede estadual, boicotando as aulas desta quarta, para integrar rodas de discussão e se juntar ao evento.
Para maiores informações sobre a greve, basta clicar aqui. Para uma maior interação com os participantes da greve, foi criado um perfil no Facebook, além de um blog que está sendo atualizado quase diariamente.
SEDE: (31) 3527-7676 | cress@cress-mg.org.br
Rua Guajajaras, 410 - 11º andar. Centro. Belo Horizonte - MG. CEP 30180-912
Funcionamento: segunda a sexta, das 13h às 19h
SECCIONAL JUIZ DE FORA: (32) 3217-9186 | seccionaljuizdefora@cress-mg.org.br
Av. Barão do Rio Branco, 2595 - sala 1103/1104. Juiz de Fora - MG. CEP 36010-907
Funcionamento: segunda a sexta, das 13h às 19h
SECCIONAL MONTES CLAROS: (38) 3221-9358 | seccionalmontesclaros@cress-mg.org.br
Av. Coronel Prates, 376 - sala 301. Centro. Montes Claros - MG. CEP 39400-104
Funcionamento: segunda a sexta, das 13h às 19h
SECCIONAL UBERLÂNDIA: (34) 3236-3024 | seccionaluberlandia@cress-mg.org.br
Av. Afonso Pena, 547 - sala 101. Uberlândia - MG. CEP 38400-128
Funcionamento: segunda a sexta, das 13h às 19h