CRESS-MG adverte: integrar um NAS enriquece sua atuação profissional

Publicado em 17/12/2019

Representantes de mais de 20 NAS estiveram presentes no Encontro Estadual promovido em novembro, em BH.

“Assim que comecei a integrar o NAS, passei a argumentar com mais clareza o que eu defendo para nossa profissão e para a sociedade.” A declaração é da assistente social e coordenadora do Núcleo de Assistentes Sociais de Passos, no Sul de Minas, Priscila Andrade. Para além de fortalecer a profissão a nível regional, os NAS são importantes espaços de militância para quem os compõem.

Aprendizado e motivação estão entre as palavras mais usadas quando perguntamos as e os profissionais o que a militância, através dos Núcleos, muda em suas vidas e na atuação profissional. Assistente social da Santa Casa de Misericórdia, em Passos, Priscila participou da rearticulação do NAS de sua cidade, que após alguns anos inativo, voltou às atividades, em 2015.

A profissional diz que assumiu a comissão gestora por amor ao Serviço Social e por acreditar nas bandeiras de luta travadas no dia a dia, pela categoria, e que incidem na melhoria de vida de milhões de brasileiras e brasileiros. “Entendi que militar não é algo pontual, mas acontece a todo momento, é um processo constante, permanente e enriquecedor”, afirma.

Hoje professora do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg/Cláudio), Lidiani Silva estava ingressando na Residência Multiprofissional quando passou a compor o NAS Divinópolis, no Oeste do estado, em 2017. “O Núcleo em si fortalece as e os assistentes sociais na medida em que não nos sentimos sós na luta”, pontua.

Por meio da visibilidade e da articulação conseguidas através do NAS, Lidiani integrou o Conselho Municipal de Saúde, ajudando a dar voz e vez às demandas da categoria neste espaço ocupacional, assim como pôde levar para reflexão do coletivo muitas questões relacionadas ao seu então universo da residência multiprofissional.

Integrante do NAS Barbacena, na região do Campo das Vertentes, a funcionária do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) São Pedro, Raphaela Risutti, participou da organização de ações no Sindicato dos Servidores da Prefeitura Municipal de Ubá e foi então que percebeu, na prática, a importância de a categoria ocupar espaços de militância.

Sua motivação para fazer parte do Núcleo veio do desejo de que houvesse momentos de troca de experiências e de discussão entre as e os colegas de profissão de sua região. "Com o NAS fortalecido, a gente consegue ter mais segurança para atuar. Além de trazer, claro, mais conhecimento sobre o projeto ético e político do Serviço Social e mais experiência para o cotidiano”, avalia.

Articule-se!

Assim como estes, temos muitos outros relatos positivos e inspiradores sobre como os Núcleos de Assistentes Sociais, ou simplesmente NAS, podem enriquecer a atuação profissional de forma individual e coletiva, além de dar visibilidade à profissão nos municípios abrangidos. E então, gostaria de saber como formar um NAS em sua região?

O processo para criação de um NAS é simples e para saber mais informações, encaminhe um e-mail para a Comissão de Apoio a Grupos Organizados no comago@cress-mg.org.br. Hoje, em Minas Gerais, existem 33 Núcleos ativos espalhados pelo estado – confira aqui quais são eles e descubra se existe algum próximo a você. 

Encontro Estadual

Representantes de mais de vinte NAS se reuniram no dia 29 de novembro, na Sede do CRESS-MG, em Belo Horizonte, para participar no Encontro Estadual dos Núcleos de Assistentes Sociais, que acontece todo final de ano. Na ocasião, houve a palestra sobre a “Análise de conjuntura e os desafios do processo de organização coletiva”, com a professora da Universidade Federal de Juiz de Fora e coordenadora regional de graduação da Abepss Regional Leste, Luciana de Paula.

Para Lidiani, do NAS Divinópolis, o evento foi um momento de compreender e se solidarizar com dificuldades de outros Núcleos, assim como de pensar estratégias para mobilizar e engajar novas e novos assistentes sociais nesse campo de militância. “Além da reflexão teórica sobre o cenário atual, ficou clara a urgência da articulação com os movimentos sociais. São os desafios para 2020!”, aponta.

Relembre como foi o encontro de 2018!

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