Encontro dos NAS revigora os ânimos para os enfrentamentos que 2019 reserva

Publicado em 04/12/2018

Levar as pautas propostas pelo Conjunto CFESS-CRESS a todo o estado é um desafio constante e, para isso, os Núcleos de Assistentes Sociais (NAS) são uma ferramenta crucial, pois funcionam como espaços construídos pela própria categoria, com o apoio dos CRESS, e que têm o objetivo de promover discussões pertinentes ao Serviço Social brasileiro, além de fortalecer as e os profissionais em suas localidades.

No dia 23 de novembro, integrantes de quatorze NAS das áreas de abrangência da Sede do CRESS-MG e da Seccional Montes Claros se reuniram, em Belo Horizonte, no Encontro Regional de Representantes dos NAS, a fim de trocar experiências e pensar ações estratégicas para os enfrentamentos que o próximo ano reserva.

Experiência motivadora

A mobilização da categoria é um desafio constantemente relatado pelos núcleos, mas, no Vale do Jequitinhonha, algumas táticas têm sido usadas para contorná-lo. Surgido há dez anos, o NAS Jequitiético abrange dez municípios da região, como Capelinha, Minas Novas e Turmalina, e hoje reúne aproximadamente quarenta profissionais a cada encontro, como explica a coordenadora, Viviane Ribeiro.

“Nos reunimos cerca de quatro vezes ao ano. A ideia é fazer atividades mais espaçadas, para que as pessoas se organizem e possam participar. Além disso, descentralizamos algumas decisões, como a escolha dos temas, parcerias e participantes que comporão nossos encontros, assim, todas e todos se sentem parte do processo”, pontua.

Outra característica deste exitoso NAS é que as atividades costumam ser voltadas para a formação continuada da categoria, visto que, na região há poucas oportunidades de capacitação, como conta Viviane: “Não deixamos de tratar a pauta política, mas, por estarmos longe da capital e dos centros de formação, é difícil fazer algum minicurso ou especialização e o núcleo tenta suprir isso”.

De acordo com a coordenadora, na região, há um número expressivo de profissionais com formação acadêmica precarizada, nos moldes do Ensino à Distância, o que é determinante para o planejamento das ações do NAS: “Há casos de profissionais que nunca tiveram contato com o Código de Ética. É preciso nos atentar às demandas da categoria e, aqui, isso tem dado certo, pois temos interferido positivamente no fortalecimento do Serviço Social”.

Organizar e resistir

Foi após uma visita da presidenta do CRESS-MG, Julia Restori, a Lavras, em maio do ano passado, que as e os profissionais locais decidiram criar um Núcleo de Assistentes Sociais. Mesmo com pouco tempo, a iniciativa já tem trazido bons resultados quanto à consolidação da profissão na região, como esclarece a coordenadora Juliana Alves.

“Aqui no Sul de Minas ainda tem muita gente que desconhece o papel do Conselho e o que ele pode fazer por nós. A vinda da presidenta esclareceu muitas dúvidas e motivou a criação do Núcleo. Hoje, ele reúne profissionais de diferentes áreas, sendo um espaço de compartilhamento de experiências que até então não existia por lá”, observa.

Com mais bagagem e conhecimento, Juliana acredita que o encontro foi importante para revigorar os ânimos de todas e todos ali presentes: “Em eventos como estes, o mais importante, para mim, é que a gente se enche de energia novamente. Quando vemos outras pessoas na mesma luta que a nossa, voltamos pra casa cheias e cheios de ideias”.

Outro jovem NAS é o de Formiga (Nasfor), criado em julho passado. Logo no segundo mês de existência, o grupo conduziu um ato pelo Dia Nacional de Mobilização em Defesa do Suas (28/09). Para o atual coordenador, Warles Rodrigues, a criação do núcleo tem contribuído para dar visibilidade ao Serviço Social e para permitir que a categoria se aproprie e faça a defesa das pautas do Conjunto CFESS-CRESS.

“As e os assistentes sociais têm participado das nossas atividades, o que tem se tornado ainda mais importante devido às ameaças que a profissão tem sofrido nos últimos anos. A adesão e participação tem contribuído, também, para a qualificação dos serviços prestados à sociedade e para indicar a importância da formação continuada”, avalia.

Em alerta e na luta

A aproximação com a categoria é a principal meta da atual gestão do CRESS-MG, “Lutar, resistir, sonhar: novos tempos para o CRESS que queremos (2017-2020)”, e eventos como este sinalizam que o objetivo vem sendo cumprido. Para o diretor da Seccional Montes Claros, Leonardo Prates, a iniciativa foi assertiva e muito produtiva.

“Além de tratar as dimensões organizativas e de planejamento dos NAS, o encontro animou as coordenadoras e coordenadores presentes, algo necessário neste período pós-eleições. Estamos vivendo a criminalização dos movimentos sociais e do ativismo político, que é o que fazemos nós, enquanto gestão, assim como as e os representantes dos núcleos. O momento pede que nos aproximemos e fortaleçamos esses espaços e isso é o que temos buscado fazer!”, sinaliza.

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