Dia Internacional de Combate à LGBTfobia
Publicado em 17/05/2017
Até 1990 a homossexualidade era considerada doença pela Organização Mundial de Saúde. Embora muito tempo tenha se passado, ainda vemos que a discriminação quanto à orientação sexual das pessoas persiste. O mesmo acontece com aquelas pessoas que não se identificam com o gênero que lhe é atribuído em seu nascimento, ou seja, as mulheres e homens trans. Discursos científicos, médicos e religiosos reforçam a ideia de que o normal é o padrão cis-heteronormativo. As convenções sociais, as leis, tudo em nossa sociedade foi estabelecido baseando-se nesse conceito.
Quem não se encaixa nesse padrão é penalizado de várias formas por essa mesma sociedade. É da ignorância que nasce o preconceito, a discriminação. O mundo é grande demais para se encaixar em padrões. Somos diversos, diferentes, plurais, e assim também são as formas de sexualidade.
Seja pela orientação sexual ou pela identidade de gênero, lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans lutam diariamente pelo direito de existir em sua diversidade, em sua realidade. O que deveria ser apenas um aspecto do que essas pessoas são, sua sexualidade, torna-se característica central para quem as julga, as discrimina e as violenta.
O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo. Esse é apenas um dos dados que aponta o caráter conservador, ignorante e LGBTfóbico da população brasileira. Mas isso precisa ser radicalmente mudado. É preciso saber conviver com o “diferente”, incluir estes segmentos nas políticas públicas, respeitando-os como cidadãs e cidadãos e considerando, ainda, suas particularidades. À medida que o Serviço Social, em seu Código de Ética, propõe o “empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças”, incita as e os profissionais a uma prática mais reflexiva e inclusiva com respeito ao público LGBT.
Por isso, hoje, no Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, o CRESS-MG se soma a essa luta e reafirma:
Não à lesbofobia!
Não à homofobia!
Não à bifobia!
Não à transfobia!