Publicado em 12/04/2017
O trabalho social com famílias no Suas foi o tema de uma oficina realizada pelo CRESS-MG, em três módulos, entre fevereiro e abril. As atividades aconteceram em Belo Horizonte e reuniram assistentes sociais de diferentes regiões do estado com o objetivo de contribuir para a formação continuada da categoria e proporcionar um momento de troca entre as e os participantes.
Foi por ver a oficina como uma forma de capacitação e atualização profissional que Andréa Domingos, coordenadora do Creas de Nova Serrana, decidiu se inscrever. Os debates propostosa fizeram recordar o quanto a teoria é importante para a prática, e também a provocaram no sentido de ter uma visão crítica acerca de seu fazer profissional, estando atenta para não cair no imediatismo profissional.
“A oficina é provocante e instigante, nos faz rever muitos conceitos e quebra muitos paradigmas. Reforçou meu arsenal teórico metodológico para continuar lutando por justiça social e em busca de um Estado que de fato garanta direitos e políticas públicas de qualidade e que não seja apenas um colaborador subsidiário”, acrescenta Andréa.
A assistente social, que assumiu a coordenação do Creas em janeiro deste ano comenta que o curso veio em ótima hora, ajudando na reorganização do serviço. “A partir das discussões, tenho repensado os processos de trabalho e muitas ideias vêm surgindo para aprimorar as atividades já ofertadas. A troca de experiência com as outras e outros profissionais também tem sido muito produtiva”, pontua.
Tema complexo
Devido a sua complexidade, o trabalho com famílias sempre pareceu desafiador para Regiane Magalhães, assistente social da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Participar da oficina foi uma oportunidade de aperfeiçoamento e reflexão sobre a prática profissional no campo das políticas sociais.
O debate fomentado durante os módulos, segundo Regiane, demonstra que a compreensão da relação família, na Política de Assistência Social, como cerne da proteção social, é paradoxal e que, portanto, requer das e dos assistentes sociais, compreendê-la, reforçando a necessidade de vigilância e análise crítica quanto à prática profissional nos processos de trabalho, entendendo que toda prática tem implicações éticas e políticas.
“Pensar, então, em trabalho social requer a compreensão não só da dimensão técnico-operativa, mas sua conexão com os aspectos ético-político e teórico-metodológico. Associar concepção, teoria e instrumentos numa perspectiva de garantia de direitos e não ‘normatizadora e disciplinadora”.
Famílias protagonistas
A oficina não proporcionou apenas uma visão crítica sobre a metodologia utilizada no dia a dia do trabalho, mas contribui na forma do planejamento das atividades a serem realizadas com as famílias, “fazendo com que os trabalhos superem a lógica de informação e perpassem sobre a oferta de aprendizado, partilha de experiências”, como afirma a assistente social da Proteção Social Básica em João Monlevade , Danielle Vasconcelos.
Ela ainda destaca que o objetivo é que as famílias se sintam protagonistas dos trabalhos realizados e não culpabilizadas pela lógica do sistema capitalista, que esvazia os direitos e impregna as responsabilidades sociais nos sujeitos.
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