Educação não é mercadoria!

Publicado em 15/09/2015

Com o objetivo de fortalecer a luta a favor de uma educação pública, gratuita, democrática, laica, de qualidade e socialmente referenciada, o CRESS-MG promoveu um ato político na Praça Sete, em Belo Horizonte, no último dia 12. A atividade chamou a atenção de quem passava pelo local, como foi o caso de Dinalva Coelho Vieira, auxiliar de Apoio à Inclusão na UMEI Manacás. “Educação é essencial e sua qualidade tem que existir desde a educação infantil, que se reflete inclusive na educação superior. O governo poderia investir muito mais nessa área”, destacou.

Na ocasião, foram distribuídos materiais informativos sobre o tema – um folder com conteúdo sobre a mercantilização do ensino e uma cartilha sobre a incompatibilidade entre graduação à distância e Serviço Social. De acordo com Alessandra Ribeiro de Souza, conselheira do CFESS, a cartilha é um documento fundamental para que toda a sociedade se posicione sobre a formação profissional no Serviço Social. “Esta é uma luta que vem sendo travada há alguns anos, devido à expansão desordenada do ensino à distância, que é incompatível com a direção ética e política do Serviço Social. Temos um grupo dedicado ao tema, que reúne argumentos para fazer a luta por uma educação de qualidade”, salientou.

Compra e venda

Para alertar sobre a questão da mercantilização do ensino, foram colados no chão vários diplomas que exibiam códigos de barra. Para a assistente social da Prefeitura de Belo Horizonte e membro da Comissão de Formação Profissional do CRESS-MG, Fernanda Cristina da Silva, o uso desse símbolo do capitalismo demonstra o motivo da manifestação. “Estou aqui pela importância dessa luta, para que a educação não seja de mercado ou possa ser comprada em qualquer esquina. Acreditamos na educação que possa modificar a sociedade em que vivemos, que promova seres humanos diferenciados”, analisou.

Essa também é a questão central para Kathiuça Bertollo, doutoranda em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina: “Entender-se como classe trabalhadora nesse movimento é fundamental, já que a cada dia somos mais precarizados em todos os âmbitos, com um pequeno grupo lucrando muito. Não há interesse em formar profissionais competentes e críticos, o que é essencial para uma profissão que lida com relacionamento humano, intervenção com outros sujeitos e construção de outra sociabilidade”.

Papel do estado

A atual política de austeridade, pactuada como ajuste fiscal pelos governos, é uma das mais graves medidas de desmonte do projeto de educação. Diante disso, o que se vê é um retrocesso, principalmente na educação superior, com muitas universidades públicas em greve devido aos cortes financeiros previstos para a área. “As universidades não têm recursos para manter suas atividades e a luta é trazer para a população qual é a situação da educação superior, a defesa que fazemos, a luta por uma educação de qualidade, em que o estado seja o garantidor desse acesso à educação superior, com possibilidade de permanência, principalmente do aluno de baixa renda, para ter condição de fazer um curso de qualidade”,  esclareceu Virgínia Carrara, professora da Universidade Federal de Ouro Preto e representante da Abepss.

Neste sentido, também foi apresentado o abaixo-assinado que reivindica a abertura de concurso público para assistentes sociais nas escolas estaduais de Minas Gerais. Cidadãos foram convidados a assinar o documento que tem por objetivo afirmar a importância do trabalho do assistente social na área da educação como forma de garantir o direito já preconizado nos marcos legais, identificando e intervindo nas expressões da questão social que integram o campo de atuação.

O evento também reuniu estudantes de Serviço Social, como Raíssa Diniz, aluna do primeiro período do Centro Universitário UNA. “Como todo mundo sabe, a educação é tudo. Estou contente em participar dessa ação e compartilhar essas informações que são tão importantes e podem causar a mudança que a gente que ver”, explicou.

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