CRESS-MG divulga nota de repúdio à prisão da militante Bizoca

Publicado em 04/04/2014

O CRESS-MG vem por meio deste repudiar a ação truculenta da guarda municipal de Belo Horizonte e da Polícia Militar realizada contra dois militantes da Frente Independente pela Verdade e Justiça – Bizoca (foto) e Bruno. Frente esta da qual este Conselho Profissional compõe juntamente com outras entidades e movimentos sociais, dentre eles o Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, da qual os companheiros integram.
 
A ação ocorrida no dia 30 de março de 2014, as vésperas do ato em repúdio aos 50 anos do Golpe Militar, realizado pela referida Frente no dia 1º de abril, que teve como objetivo realizar um tributo aos mortos e desaparecidos, perseguidos e presos políticos, além da renomeação popular do Viaduto Castelo Branco para Viaduto Dona Helena Greco. 
 
A ação realizada pela PM e pela guarda municipal constitui-se na prisão arbitrária e agressões aos militantes. A prisão ocorreu quando os integrantes da Frente fotografavam o busto (?) do Marechal Duque de Caxias, na praça Duque de Caxias em Santa Tereza. Bruno foi agredido com choques e  chutes realizados pela guarda municipal, que logo acionaram a Polícia Militar alegando que os mesmos resistiram a prisão. Quando chegou o comando da polícia da Coronel Cláudia Romualdo, Bizoca foi detida de forma truculenta. Nesta mesma ação uma testemunha também foi detida pelo simples fato de se posicionar contra a ação autoritária do Estado.
 
O que nos causa estranheza é a mobilização de um comando para apreensão de dois cidadãos que não apresentam risco algum. Tal fato revela a permanência do aparato repressivo herdado da sangrenta Ditadura Militar e presente neste 30 anos de transição conservadora. Revela também que vivemos em um falso Estado Democrático de Direito, que criminaliza as lutas sociais e a pobreza, bem como mantém a ordem econômica vigente.
 
Este mesmo Estado é o que não permite que a verdade sobre os crimes ocorridos na ditadura militar seja revelada, que não abre os arquivos da repressão e não responsabiliza os torturadores civis e militares pelos crimes lesa humanidade e imprescritíveis cometidos neste período e pelos que cometem os mesmos crimes hoje. 
 
Portanto, a luta pela verdade, memória e justiça se faz necessária e urgente. Uma vez que ainda vivemos em tempos de prisões arbitrárias, torturas, terrorismo de Estado, que cria a falsa ideia de inimigos de Estado e constante perigo, cerceamento da liberdade de expressão e criminalização dos movimentos sociais, que ficam evidentes no caso mencionado, mas também em tantos outros.
 
Confira a entrevista dada por Bizoca ao CRESS-MG sobre a Ditadura Militar.

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