Minicursos de março abrem Projeto Formação Continuada 2013
Publicado em 02/04/2013
Os primeiros minicursos deste ano do Projeto Formação Continuada aconteceram em março, e reuniram, na Sede (BH), assistentes sociais de várias regiões do estado, interessados em se qualificar, e professoras aptas a passar conteúdos de interesse do Serviço Social.
No dia 9 de março, Yolanda Guerra, doutora em Serviço Social pela PUC-SP e professora da UFRJ, abordou o tema “Instrumentalidade do Serviço Social”. Sucesso desde o ano passado, quando foi realizado pela primeira vez, o minicurso foi elogiado pelos participantes.
Vinda de Aguanil, município do Sul de Minas, a assistente social Sandra Mara de Miranda, diz que ficou surpresa com a qualidade do minicurso. “Já participei de outras iniciativas parecidas, mas, nada parecido com esse projeto proposto pelo Conselho. O conteúdo passado aqui, hoje, e a profissional convidada para isso, estão fazendo desta, uma tarde muito proveitosa”, conta.
Sandra trabalha no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de sua cidade e, tanto o minicurso, quanto a vinda dela para a capital, foram financiados pela Prefeitura Municipal de Aguanil. “Esse com certeza está sendo um bom investimento não só para minha carreira. Eu me inscrevi para outros minicursos e, sempre que voltar a minha cidade, vou tentar repassar o que aprendi aqui para aqueles colegas de profissão que trabalham comigo”, destaca.
Ampliando conhecimento
Já no dia 30 de março, a professora de Serviço Social da UFRJ e doutora em Ciências Sociais pela Unicamp, Maria Lídia Silveira, ministrou o minicurso “Serviço Social e Educação Popular”. Na ocasião, ela, que também é assistente social, tratou das definições teóricas, práticas, limites e possibilidades da chamada educação popular, segundo Antonio Gramsci.
Maria Lídia destaca que, segundo o autor, a cultura possibilita aos seres humanos a atribuição de significados às suas ações. “Isso implica em autoconhecimento, em ser senhor de si mesmo, em distinguir-se e diferenciar-se dos demais sujeitos individuais e, igualmente, dos projetos de classe”, afirma.
Tal como a educação, a cultura, da mesma forma que engrandece o ser humano, pode ser usada para dominá-lo e torná-lo acrítico, apático. É, então, que a educação popular se faz necessária, como explica Maria Lídia. “Podermos entender esse sentido de dominação, negá-lo e afirmarmos uma outra concepção de mundo, é uma possibilidade que está posta no movimento da vida, na dinâmica da luta de classes”, aponta.
Neste sentido de estar sempre procurando ampliar os conhecimentos, em especial da categoria profissional de assistentes sociais, o Projeto Formação Continuada segue 2013 com a expectativa de que, cada vez mais profissionais possam fazer parte desse processo.
Inscrições abertas
O Projeto oferece minicursos até o final do ano, na Sede (BH) e na Seccional Montes Claros. Ainda há vagas para alguns, como é o caso de “Mediação no Serviço Social”, que acontecerá neste sábado, 6 de abril.
A atividade será ministrada por Reinaldo Pontes, doutor em Sociologia e autor do artigo central da última
Revista Conexões Geraes do CRESS-MG, lançada em novembro, com o título "A mediação como categoria central da intervenção profissional do assistente social".
