Conhecimento de intelectuais indígenas é tema de palestra em BH
Publicado em 07/12/2012
A UFMG e o Museu do Índio convidam para o seminário "A cosmociência dos Guarani, Mbya e Kaiowá e o reconhecimento acadêmico de seus intelectuais". O evento terá a presença de intelectuais, rezadores e líderes indígenas e será realizado nos dias 11 e 12 de dezembro de 2012, no Conservatório UFMG – Av. Afonso Pena, 1534, Centro – Belo Horizonte. A entrada é gratuita e as inscrições deverão ser feitas no local, 30 minutos antes do início do seminário.
PROGRAMAÇÃO
11 de dezembro
10h- Abertura
Cerimônia realizada pelos especialistas Guarani, Mbya e Kaiowá
Palavras de acolhimento e abertura do seminário: José Carlos Levinho, Museu do Índio-Funai; Efigênia Ferreira e Ferreira, Reitoria da UFMG; Deborah Lima, Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG; Nádia Heusi Silveira, Funai; César Guimarães, Festival de Inverno da UFMG; Tonico Benites, Ary Guasu, PPGAS Museu Nacional UFRI, Dourados, MS.
14h – Nande Ypy. Origem do Mundo.
Nande Ypy é um conceito guarani que inclui a origem dos seres e todas as coisas. Todos os suportes e estruturas do mundo são vinculados a estas origens.
Palestrantes Guarani, Mbya e Kaiowa: Atanásio Teixeira, aldeia Limão Verde, Amambal, MS; Pedro Gonçalves Tapari, aldeia Arrolo Kora, Paranhos, MS; Salvadora Chamorro, aldeia Ypós, Paranhos, MS; Leonel Lopes, aldeia Kurusu Amba, Coronel Sapucaia, MS; Talcira Gomes, aldeia Itapuã, Viamão, RS.
Mediação: Luciane Ouriques Ferrara (UNB)
20h – Tava. A casa de pedra.
Filme de Ariel Ortega, Ernesto de Carvalho, Patrícia Ferreira, Vincent Carelli, Pernambuco, 2012, 78'. Apresentação de Ariel Ortega e Patrícia Ferreira, aldeia Koenju, RS.
12 de dezembro
9h – Tore Ava Reko e Ore Rekoha. Nosso modo de ser e de viver no tempo-espaço.
Os comportamentos são para os povos guarani, Kaiowá e Mbya modos de existência indispensáveis, que significam estar em boa relação com os seres vivos e invisíveis. Garantir a existência harmoniosa e equilibrada no tempo-espaço é o trabalho constante dos seus xamãs e intelectuais.
Palestrantes Guarani, Mbya e Kaiowá
Getúlio Juca, aldeia Jaguapiru, Dourados, MS; Alda Silva, aldeia Jaguapiru, Dourados, MS; Rosalino Ortiz, aldeia Yvy Katu, Japorã, MS; Valério Vera Gonçalves, aldeia Panambi, Douradina, MS; Ângela Lopez Ramirez, aldeia Koenju, RS.
Mediação: Nádia Heusi Silveira (Funai)
14h – Ore Aty Guasu, Jeroky, Tekorã. Palavras de ação.
A recepção, a transmissão e o consenso das palavras orientam as ações. Estar na terra e lutar pela terra é uma forma de ser solidário a ela, pois ela está sofrendo, assim como as pessoas. É uma forma de ajuda mútua, de reciprocidade com ypy. Com que tipo de atos e instrumentos é possível fazer este tipo de trabalho cotidiano que pertence aos intelectuais, xamãs e pensadores indígenas?
Palestrantes Guarani, Mbya e Kaiowá
Eliseu Lopes, aldeia Kurusu, Amba, Coronel Sapucaia, MS; Atanásio Teixeira, aldeia Limão Verde, Amambai, MS; Jorge Oliveira Gonçalves, aldeia Potrero Guassu, Paranhos, MS; Pedro Gonçalves Tapari, aldeia Arroão Kora, Paranhos, MS; Alcindo Wera Moreira, aldeia M'Biguaçu, Florianópolis, SC
Mediação: Deise Lucy Montardo (UFAM e Instituto Brasil Plural)
18h – Encerramento – Homenagem póstuma aos intelectuais Guarani, Mbya e Kaiowá.
Abertura: Ana Gita de Oliveira, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN
Oradores: Dionísio Gonçalves, aldeia Kora, Paranhos, MS; Fernando Gonçalves, aldeia Ypo'i, Paranhos, MS; Líde Solano Lopes, aldeia Pyelito Kue, Iguatemi, MS; Valmir Gonçalves Cabreira, aldeia Gualviry, Ponta Porã, MS; Crecencia Flores, aldeia Gualváry, Ponta Porã, MS.