As quatro etapas do processo seletivo – inscrição, análise de currículo e da redação, entrevista e capacitação presencial – duraram dois meses. Dentre os inscritos em toda Minas Gerais, apenas 20 foram selecionados. O presidente do CRESS-MG, Leonardo David, acredita que a estratégia utilizada tenha sido ousada. “O edital foi aberto com o objetivo de selecionar 40 profissionais, contudo, somente a metade alcançou os critérios definidos para participação da última etapa da seleção.” Ele explica que considerando as especificidades do estado, onde há hoje, quase 16 mil assistentes sociais registrados, era necessária a criação de um formato de curso que abrangesse um maior número de profissionais. “A maneira que encontramos de materializar isso, foi o processo de descentralização das ações entre Sede e Seccionais.”

Facilitadores

O curso foi conduzido por cinco facilitadores/as, sendo uma delas, a diretora da Seccional Uberlândia, Carmen Maywald. Para ela, a capacitação contribui com a reflexão do fazer profissional dentro da realidade que está posta, com todos seus limites. “Sempre que suscitamos novos questionamentos temos o fortalecimento da profissão nas dimensões técnica e política.” 

A professora da PUC Minas, Andréa Gontijo, facilitadora do curso desde 2002, acredita que é importante levar para a categoria a centralidade da discussão ética. “A apropriação correta dos fundamentos do debate ético colaboram para compreender a dimensão do nosso projeto ético-político e dá base para aprofundá-lo e reconstruí-lo, permanentemente.” Já o facilitador e professor do Centro Universitário UNA, Leonildo Machado, diz que esta capacitação mostra como o projeto ético-político continua ativo e dinâmico.“Este curso fortalece as ações de materialização da proposta de formação permanente dos conselhos, qualificando os debates e a intervenção profissional dos/as assistentes sociais.”

A coordenadora do curso de Direito da PUC Minas, Unidade Betim, Marilene Gomes, ficou responsável por abordar os temas relativos à construção dos processos éticos. “O exercício profissional do/a assistente social é rico e a legislação não consegue abarcar de forma satisfatória os anseios da categoria. Por isso, é fundamental entender melhor a normativa do Conjunto CFESS/CRESS, no que diz respeito aos instrumentos e processos éticos.” 

Terminado o curso, a coordenadora da Comissão de Fiscalização e Orientação Profissional do CRESS-MG (COFI) e facilitadora do curso, Helena Soares, comenta que o importante agora, “é manter um diálogo permanente com os/as multiplicadores/as selecionados para potencializar as ações nas regiões”. A capacitação permitiu formar 10 equipes de multiplicação que terão o objetivo de promover o diálogo entre profissionais de diferentes áreas de abrangência do Serviço Social e em diferentes regiões do estado. Espera-se que com isso, o Conselho possa estar cada vez mais próximo da categoria. 

Em breve, o CRESS-MG disponibilizará novas informações sobre as inscrições para participação no Curso Ética em Movimento.