Defesa de Dissertação

Publicado em 06/07/2011

 “O fenômeno da segregação sócio-espacial urbana: uma abordagem geográfico-social” é o tema da dissertação que Fátima Gottschalg, componente da diretoria do CRESS-MG, defenderá no próximo dia 7 de julho, às 14h. Na pesquisa, Fátima analisa a segregação sócio-espacial direcionando o seu foco para as favelas, cortiços e outros assentamentos precários no mundo, no Brasil e em Belo Horizonte. A dissertação foi realizada no “Programa de Pós-graduação em Geografia – Tratamento da Informação Espacial” da PUC Minas, e será apresentada na Avenida Itaú, 505 – 4º andar – Auditório do Prédio EMAÚS – Belo Horizonte – MG. 

A pesquisa avalia os resultados do processo acelerado de urbanização mundial. “O Brasil repetiu o que aconteceu em outros países em desenvolvimento”, revela Fátima. O país deixou de ser agrário e se tornou urbano em 60 anos. Na atualidade, a população que vive em área rural é de apenas 16%. Por sua vez, a população urbana se concentrou nas regiões metropolitanas, principalmente na região Sudeste. O espaço passou a ser disputado e não houve oferta de serviços urbanos para todos. Todavia, o Estado não interviu adequadamente e tempestivamente nesse cenário, o que resultou no aumento da segregação, caracterizada pelo surgimento de favelas, que passariam a ser removidas incessantemente. “A partir dos anos 80, os movimentos sociais se fortaleceram para lutar pela cidade pra todos, no sentido de garantir o uso da terra com fins sociais. A favela era tratada como caso de polícia, prevalecendo as remoções, pois a idéia do poder público era apagar a mancha que ela formava”, salienta a autora. E, para Fátima, nos dias de hoje, “é fundamental que a política pública não tire as pessoas da favela, mas tire a favela das pessoas”. 

A autora compreende que o Estado, para garantir a igualdade, precisa implementar projetos integrados de urbanização de favelas. Nesse modelo de projeto, um conjunto de ações estruturantes deve levar para os assentamentos toda a infraestrutura necessária, como serviços de água, esgoto, coleta de lixo, melhorias habitacionais,  pavimentação das vias. Além disso, a regularização fundiária das propriedades, que garante a posse da terra aos moradores. “Habitar não é apenas contar com uma moradia. O que o define é a condição de viver na cidade, com todos os benefícios da urbanização para todos.”, informa a autora, que também entende que os modelos de regularização de favela que já foram implementados precisam ser aperfeiçoados. Fátima trabalha com desenvolvimento urbano há quase 30 anos em Minas Gerais, sendo que os programas voltados para a população de baixa renda sempre foram o seu foco. Para ela, foi necessário analisar criticamente os motivos que levam as famílias para as favelas. “Eu tinha o desejo de refletir sobre o objeto da minha prática profissional. Pensar este fazer e avaliar como são as relações entre o Estado, a cidade e as favelas”,  finaliza a autora.

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